sexta-feira, 11 de maio de 2012

Estatuto do Chegante

Acompanha a obra um precioso [e divertido] manual desenvolvido pelo autor, na qualidade de vitalicio chegante: O ESTATUTO DO CHEGANTE, considerado Chegante o homem ou a mulher, que, no intuito de constituir casamento, união estável ou qualquer outro vínculo de natureza afetiva e de caráter permanente, com membro de grupo familiar já constituído, dele se aproxima.

São 21 Artigos dispostos em considerações inéditas sobre um novo relacionamento e seus envolvidos.

Uma amostra:


O posto de Chegante é dividido em 4 (quatro) categorias básicas:

I– Chegante inicial ou de 3a. (terceira) classe – é aquele recém- apresentado ao núcleo familiar e meio social simplesmente pelo nome próprio, ou apenas pelo título indicativo do diminuto status, tais como, exemplificativamente: o Alan, o meu namorado, o meu amor, gato, dentre outros.

II - Chegante intermediário ou de 2a. (segunda) classe – é aquele que já é tratado e apresentado como o companheiro de mamãe, e que já tem ciência dos problemas maiores e de algumas sutilezas do núcleo familiar, tais como, exemplificativamente: o aperto financeiro de mamãe, a incapacidade do genro mais velho, o chulé do caçula e as noitadas da filha mais velha.

III - Chegante final ou de 1a. classe é aquele apresentado como marido de mamãe, e que já navega com facilidade no núcleo familiar, mas ainda não tem o conhecimento pleno dos limites da conveniência de atuação, tais como, exemplificativamente: oferece sugestões para saldar o débito do cunhado junto ao banco, mas não tem ciência da razão da dissensão da filha mais velha com a família do namorado dela.

IV - Chegante Máster ou Mestre Chegante – é aquele que navega com tranqüilidade e segurança no núcleo familiar, obedece e impõe limites sem brigas, tendo demonstrado pela convivência pacífica, amistosa e respeitosa com todos os membros do grupo e pertences, a capacidade e aptidão plenas para o posto, condição e título.

2 comentários:

  1. Todo o livro trata uma temática difícil e dolorosa com extremo cuidado, embora guarde um tempero diferenciado, que é o humor próprio do autor - quem conhece, sabe! - humor este que fica especialmente cristalino neste pedaço do livro, O Estatuto do Chegante!

    RECOMENDO, me divirto e convoco a todos para bisbilhotar algumas partes que serão aqui postadas, certamente renderão muita interação!

    Sucesso a vc meu amigo!
    Parabéns pela conclusão deste teu SONHO!

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    1. Muita gente está pensando que o livro destina-se somente à quem está se divorciando. É um equívoco. Na primeira parte dele, eu defendo as afinidades, harmonia e continuidade das uniões. Eu as valorizo de sobremodo. Na 2a. parte do livro, eu procuro oferecer exemplos e sugestões àqueles que passam por esta desagregação. Tento usar o humor como forma de retirar o excessivo amargor destas situações. Não creio que dramatizar, potencializar e eternizar dores seja um bom caminho. Porém, o humor é sempre direcionado às situações, respeitando pessoas e sentimentos. O humor é uma arma poderosa.
      Numa noite em Curitiba, as dores mais íntimas e atrozes dos participantes de um encontro de amigos, foram jogadas, de forma nua e crua, quase cruel, sobre a mesa. As camadas de dramaticidades de cada caso foram sendo retiradas e analisadas, causando tamanho riso nos presentes, que os garçons e frequentadores do estabelecimento ficaram intrigados com o motivo de tamanha hilariedade.
      Naquela noite, acabei de me libertar de muitos grilhões, que embora tenham deixado marcas que doeram por mais algum tempo, já me possibilitaram ver a realidade e não mais me impediram de celebrar a alegria de viver.
      Partilhar o aprendido é um sonho que se realiza, e do qual voce participa de forma tão marcante. Muito obrigado parceira preciosa. Quanto a tudo: "Até o rio mais lento encontra seu caminho para o mar".

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